quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Comentário da jornalista Priscila Sérvulo em seu “Blog Nós Duas”, sobre o Mãe Pessoa

Escrito por Priscila Sérvulo - 20/06/2008 - 12:24
“Mãe Pessoa”

A primeira vez que vi esse nome achei um pouco estranho. Lembrei daquela outra expressão “amigo pessoal”. Agora, acho a idéia perfeita. É um conceito e tanto.
É o nome do Instituto e do trabalho desenvolvido pelas psicólogas Tânia Novinski Haberkorn e Sheila Skitnevsky-Finger, que já citei aqui no blog.
Fiquei curiosa e fui à primeira aula do curso “Desafios da Maternidade na Pós-Modernidade”. Serão apenas três aulas, o que já me parece pouco. Nesse tema, o que não falta é assunto, é polêmica, é dúvida, é vontade de acertar, de compreender e de ser compreendida.
E é muito bom discutir com outras mães e com profissionais - as psicólogas, também mães - essa novidade.
Com 1 ano e 11 meses na função, acredito que a maternidade seja uma das vivências mais complexas, apaixonantes e conflitantes da nossa trajetória.
Já conversamos aqui sobre as nossas descobertas gostosas, a nossa realização. Mas, nos comentários, um de nossos desafios já foi citado mais do que uma vez: conseguir equilibrar maternidade (tempo com os filhos, cuidados e pensamentos), com trabalho, lazer, marido, amizades, academia, salão de beleza... Enfim, viver essa Mãe Pessoa!
Antes de ter filho, acharia esse papo uma chatice. Mas antes de ter filho, eu sabia pouco – ou quase nada - sobre como é essa relação (e engatinho nas descobertas…). Afinal, quando nascem os filhos, é que nasce uma mãe, não é mesmo?
Nessa trajetória, sinto que ainda não consegui o equilíbrio entre todas as demandas. E imagino que o ideal, para nós e para nossos filhos, seja realmente a conciliação harmônica. É viver essa tal de Mãe Pessoa, em que também são consideradas as nossas próprias necessidades e desejos.Vocês também têm essa impressão? Será mesmo difícil conquistar esse equilíbrio? Alguém aí considera que já conseguiu?

Matéria com Mãe Pessoa sobre volta ao trabalho, no site Vila Mulher


Ansiedade, talvez seja esse o principal sentimento das mães depois que licença maternidade acaba. Após seis meses convivendo com essa nova criaturinha, fica difícil imaginar ficar longe dela, não é mesmo?
“Muitas choram nos primeiros dias da volta ao trabalho. São vários medos: que o bebê sinta falta delas, que ele estranhe as mudanças, acidentes, doenças, isso independente de onde o bebê ficar”, ressalta a psicóloga Sheila Skitnevsky Finger, sócia fundadora do Instituto Mãe Pessoa, que tem o papel de auxiliar as mães em busca do equilíbrio nas funções dentro e fora de casa.
É nessa hora que surge aquela dúvida cruel. Com quem o meu filho deve ficar? Babá, avós ou creche? Para a psicóloga é importante lembrar que não existe uma instituição perfeita. Uma série de fatores influencia. “A filosofia da escola deve combinar com que os pais querem passar aos filhos, nas questões culturais, religiosas e morais”, explica.
Espaço físico e estrutura também devem ser levados em conta, afinal, crianças de várias idades apresentam necessidades diferentes. “Por exemplo, na primeira infância é mais importante o aconchego dos professores, assim com um espaço físico amplo. Na segunda infância e adolescência, as prioridades passam a ser a proposta psico-pedagógica e acadêmica”.
Outras questões também pesam na decisão, como a distância da casa (isso envolve preço e tempo de transporte). E durante a vida escolar é preciso considerar que o aprendizado é gradativo. Sendo assim é comum a mudança de escola para o bem estar dos filhos. Sheila lembra que o que funciona bem hoje pode não ser ideal amanhã.
Contratar uma babá também é uma decisão que deixa muitas dúvidas. “Toda mãe sonha com a babá perfeita, mas é preciso saber administrar essa relação”.
Para a psicóloga a relação entre as babás precisa ser modelada, através de educação, ensinando-as como responder, lidar e tratar. Com o cuidado de não culpar a babá a toda a hora e tirar a responsabilidade de mãe. “Outro fato comum é a relação expectativas realistas X expectativas irreais. Deve-se levar em conta o nível de conhecimento e preparação que elas têm. Não adianta querer o que não existe - as pessoas precisam ser comunicadas sobre os seus anseios”, aconselha.
Por Juliana Lopes
http://vilafilhos.vilamulher.com.br/materia/bebes/59-licenca-maternidade-volta-ao-trabalho.html

Depoimento: namorado da mãe e participação do pai

Bom dia...
Tenho passado alguns momentos angustiantes.
Tenho 28 anos, sou separada e tenho uma filha de 5 anos.
Comecei um namoro a 3 anos atras e recentemente terminamos porque ele alegou não ter estruturas emocionais para namorar com uma mulher com filho....
por mais que me amasse, tentamos retomar o relacionamento mas não deu certo.
fiquei bem desiludida!! gostaria de saber se voces tem materias ou reportagens que tratem desse assunto.
Outra, o pai da minha filha é uma figura muito presente e sempre me esforcei para que esse laço se tornasse cada dia mais forte, acho muito importante a figura do pai, porem, minha filha tem mostrado uma imensa vontade de morar com ele, não quer voltar para casa no domingo a noite quando passa o final de semana lá e me pede para morar com ele.
Ja conversei com o pai dela e ele tambem acha que o melhor lugar para ela morar é na minha casa, mas não sei lidar com a situação...
o que eu faço??
Gostaria que minha identidade permanecesse desconhecida caso você resolva publicar esse email....
Muito Obrigada! L.C.

Parece que esse relacionamento não tem muito futuro. Se ele alega que não tem estrutura para namorar alguém com filho é melhor ouvi-lo. Claro que a gente pode indicá-lo para uma terapia para tentar resolver esse problema, mas sinto que vocês já tentaram retomar o relacionamento e não deu certo. Vocês ficaram um bom tempo juntos, sua filha era bem pequena e ele poderia até ter um papel muito importante na vida dela, se ele desejasse. Mas pelo jeito ele não se sente preparado nem disposto a fazer esse esforço. Sinto por você, que investiu 3 anos nesse relacionamento e esta bem desiludida e com razão. Fico imaginando se era só isso mesmo que pegava nesse relacionamento ou se tinha algo mais do lado dele que não foi dito e sua filha ficou como o problema que ele conseguiu expressar.
A outra questão que você levanta é o desejo de sua filha morar com o pai. Interessante que em geral o pedido de morar com o pai acontece no domingo, depois de um final de semana. Talvez ela fique com essa imagem que com o pai é mais divertido, porque do jeito que a situação é colocada, ele fica com a diversão e você com a semana... com escola, horários, regras e tal...provavelmente muito menos divertido.
Que tal se ela passasse alguns dias da semana com ele? Outra possibilidade é que ela sente a falta dele durante a semana e gostaria de passar mais tempo com ele. Até por curiosidade de conhecê-lo melhor já que vocês se separaram ela era tão pequena.
Sugiro que vocês pensem outras formas de dividir o tempo. Um fim de semana prolongado, uma noite por semana que ela pode ir dormir no pai para ela ir conhecendo ele de outras formas também. Boa sorte e escreva contando como você resolveu a situação.

Abraços,
Tania Novinsky

Depoimentos de mães da pós-modernidade

Li uma matéria no Terra, que foi indicada pelo meu marido, e vi o nome de vcs, então entrei no site...
Sobre mãe que trabalha muito, sobre qualidade no tempo junto...
Sou filha de uma mãe que dedicou seu tempo 100% para a família, minha mãe jamais trabalhou fora...foi nossa o tempo todo.
Eu não tenho tempo pra nada e as vezes percebo meu marido muito mais mãe do que eu.
Mas o que me faz escrever é que eu tive uma gravidez totalmente planejada e curti muito os 9 meses... esperei por isso, quis isso..foi tudo muito gostoso...
Quando minha filha nasceu, sinto como se estivesse ficado a beira da depressão pos parto, foi um sentimento muito esquisito para alguém que desejou e curtiu tanto a gestação.

Fato é que ninguém me disse que se podia sentir isso, ou que olhar o bebê e não sentir que aquilo era a melhor coisa do mundo, não era nada demais...as pessoas iam me visitar ev falavam que ter filho era a coisa mais perfeita que podia acontecer e isso não é verdade... um dia vira, mas no momento do nascimento, pra mim, não foi...na maternidade foi tudo lindo...mas em casa, a primeira noite acordada, cheia de pontos e parecendo a popancuda da caixa.......uma gordona....não foi nada glamouroso nem bonito..... pois eu olhava para minha filha e não sentia todo aquele amor que as pessoas me falavam e isso me deixava angustiada, afinal eu me fazer a pergunta: Como não?! Cheguei a pensar como seria sem ela, se minha mãe cuidasse, ou se ela ficasse um tempo com a minha sogra.....nossa como fui estúpida pensando nisso, mas......pensei...

Isso associado ao fato de ter seios inflamados e muita dificuldade em amamentar (coisa que eu precisava fazer com competência, pois mamei até os 7 anos)...

Me sentia mal e só chorava e não tratava minha filhota como a rainha que prometi os 9 meses...

O tempo passou e fui aprendendo a gostar daquela pessoinha tão dependente que me emociona... hoje ela tem 2 anos..Maria, e é muito espetacular e muito maravilhosa e eu a muito tempo sou completamente apaixonada por ela...ela é linda, vaidosa, educada, boazinha e muito falante...é meu orgulho e eu a amo...

Mas foi um amor que eu aprendi, e não foi um amor do nascimento...e isso ainda me incomoda ( ofato do amor ter vindo com o tempo e de não ser imediato)...

Sou apaixonada pela minha pituca, como se fosse sempre assim........queria dividir isso com vocês..

Bj, M.B.

Gostaríamos de agradecer muito pelo seu depoimento, e mais ainda, pela sua coragem em compartilhar as dores, e não apenas os amores, do processo de ser mãe.
Antes de tudo, é isso mesmo: mãe a gente não nasce sendo, nem sabendo ser. É uma arte, um talento, que temos que desenvolver! E fica muito difícil desenvolver talento qualquer quando acabamos de passar por uma situação intensa – e dolorosa – como o parto, nao é mesmo?!
Também por isso, em um de nossos workshops trabalhamos a história do nascimento da “mãe”, aonde fazemos questão de lembrar que filho teve data e hora de nascimento, mas pai e mãe não! Algumas mulheres “viram” mãe antes de seus filhos nascerem, outras só algum tempo depois… O mais interessante é que só sabemos que viramos mãe, quando isso realmente já ficou para trás – como no teu caso, que descreve teu apaixonamento e encantamento pela Maria. Isso hoje é um fato, mas não é tão simples de perceber exatamente quando foi que isso aconteceu, não é verdade? Veja só: fazemos esse exercício nos workshops exatamente porque percebemos que existe uma diferença de timing entre ter filho e virar mãe; porém, pouco se fala a respeito dessa realização, silêncio esse que causa não apenas espanto ou vergonha, como você colocou, mas também sentimentos de culpa, auto-depreciação e até depressão para muitas mulheres!
Nós do Instituto MãePessoa acreditamos que as mulheres de hoje precisam conhecer o contexto e os desafios próprios da mãe pós-moderna, para diminuir o altíssimo nível de culpa que as mulheres de hoje sentem, além de aprenderem estratégias para lidar com as dificuldades e desenvolver os talentos e a criatividade que a maternidade nos proporciona!
O Instituto MãePessoa tem o objetivo de trazer reflexão e compreensão sobre este e outros assuntos que fazem parte do cotidiano pessoal e emocional de mães e pais!
Tanto ao vivo em workshops, cursos, coaching individual ou em pequenos grupos e em trabalhos de psicoterapia, quanto através do nosso site, do nosso blog, e de trocas por telefone ou e-mail, nossa proposta é auxiliar mães em diversos setores da sociedade para que encontrem informações pertinentes aos desafios e às delícias de ter filhos nos dias de hoje. A pós-modernidade possui características especiais, principalmente para mulheres, que estão tendo que reinventar o papel de mãe e o papel de mulher!
Nosso trabalho respeita as condições específicas de cada mulher, sua personalidade, seu estilo de ser, suas vocações, suas necessidades, seu querer e suas possibilidades. Acreditamos que sempre é possível conquistar o espaço para que a pessoa da mãe se desenvolva em paralelo com a maternidade.
Nossas modalidades de trabalho:
§ Psicoterapia: individual, de casal e de família, para quem precisa de um atendimento personalizado de ponta a ponta. No consultório ou por telefone/email.
§ Coaching: individual ou em pequenos grupos, sobre questões relacionadas aos desafios de concatenar as funções maternas e/ou paternas com as demandas relacionadas às atividades profissionais; Questões de relacionamentos familiares e/ou profissionais; Orientação para pais relacionada à educação dos filhos, ou a sentimentos de negativos, como culpa exacerbada, preocupações excessivas, sintomas de ansiedade ou depressão.
§ Workshops e cursos temáticos vivencias:
Ø In Company – para empresas
Ø In House – para clínicas, clubes, escolas e outros estabelecimentos particulares
Ø In Clinic – grupos pequenos no nosso consultório
Caso haja interesse em algum de nossos serviços, por favor entre em contato conosco pelo email contato@maepessoa.com.br ou pelo tel. 11-3804 3167. Teremos muito prazer em ajudar você! Gostaríamos ainda de pedir a sua autorização para usar parte do seu depoimento em nosso blog, para que a sua experiência possa ajudar mais mulheres na mesma situação (os depoimentos podem ser confidenciais).
Atenciosamente,
Sheila Skitnevsky Finger